segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Tagore
“Tu me fizeste conhecido de amigos que eu não
conhecia.
Tu
me deste lugares em casas que não eram a minha.
Tu
trouxeste para perto o que estava longe e do estrangeiro fizeste meu irmão.
Sofre
meu coração quando tenho que deixar meu refúgio habitual; eu me esqueço de que
aí, o que é velho habita o que é novo e que aí tu habitas também.
Pelo
nascimento e pela morte neste ou em outros mundos, onde quer que me conduzas,
és tu o mesmo, o companheiro único de minha vida sem fim, que com laços de
alegria sempre une ao alheio o meu coração.”
”Por
todos os meios procuram ter-me preso os que me amam neste mundo. Mas tal não se
dá com teu amor, que é maior que o deles, pois tu me deixas livre.
Com
medo que eu os esqueça nunca se atrevem a me deixar sozinho. No entanto,
passam-se dias e dias e tu não apareces.
Mesmo
que eu não te evoque em minhas preces, mesmo que eu não te leve em meu coração,
teu amor por mim espera assim mesmo o meu amor”.
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