segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Humor


“É impolido dar-se ares de importância. É ridículo levar-se a sério. Não ter humor é não ter humildade, é não ter lucidez, é não ter leveza, é ser demasiado cheio de si, é estar demasiado enganado acerca de si." 

André Comte-Sponville


“Se minha relação com Chloe nunca alcançou os níveis do terror, foi talvez porque fomos capazes de temperar a escolha entre amor e liberalismo com um ingrediente que muito poucas relações jamais possuíram, um ingrediente que poderia simplesmente (se houvesse o suficiente dele por aí) salvar casais da intolerância, isto é, um senso de humor”.
(...)
“E com a incapacidade de rir vem uma incapacidade de reconhecer a relatividade das coisas humanas, a multiplicidade e o choque de desejos... Se Chloe e eu éramos capazes de transcender algumas de nossas diferenças, era porque tínhamos a vontade de fazer piadas dos impasses que encontrávamos nos personagens um do outro...é um sinal de que duas pessoas tenham parado de amar uma a outra quando não são mais capazes de transformar diferenças em piadas. O humor enfeitava as divisórias da irritação entre nossos ideais e a realidade”.

ENSAIOS DE AMOR, Alain de Botton

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