Entrevista que o cineasta americano David
Lynch - que estava em Paris para a gravação de um filme publicitário –
concedeu a David Servan-Schreiber, neuropsiquiatra, fundador e diretor do
centro de medicina integrativa na Universidade de Pittsburgh, nos Estados
Unidos, e autor do livro “Curar” e "anticancer", recentemente falecido.
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A entrevista foi realizada em abril
para a revista francesa *Psychologies (junho 2010).
David Servan-Schreiber - De onde vem seu interesse para a
meditação?
David Lynch - Dos anos 1960. Na época, eu pensava que a meditação era uma moda estúpida e uma perda de tempo. Meu único interesse era na realização de filmes. Porém, ouvi uma frase que chamou minha atenção: “a verdadeira felicidade não está longe, nem fora da gente. A verdadeira felicidade está dentro”. Essa frase ecoava em mim, soava-me justo. Mas, infelizmente, ninguém podia dizer-me onde ficava esse “dentro”, nem como chegar lá! Sentia-me frustrado. Enquanto estava trabalhando no meu primeiro filme Labyrinth Man, recebi um telefonema da minha irmã que falava que havia começado a prática da meditação transcendental. Percebi em sua voz mais felicidade, mais confiança. Isso me tocou. Estávamos em 1973 e desde essa data, há 37 anos, medito duas vezes por dia.
David Servan-Schreiber - Como é essa forma particular de meditação?
David Lynch - Trata-se de uma variação antiga da meditação que foi atualizada por **Maharishi Mahesh Yogi. Parece como uma chave que abre a porta da transcendência, o nível mais profundo da vida. Cada um pode experimentar esse estado e sentir dentro de si um oceano de alegria pura, de consciência, de inteligência e de criatividade infinita.
David Servan-Schreiber - Como se atinge esse estado de plenitude?
David Lynch - É bem simples e sem esforço. Um mantra como um som, uma vibração, um pensamento, ajuda-lhe a direcionar sua consciência interior, a mergulhar naturalmente através de níveis do espírito cada vez mais sutis. Chegando à fronteira com o intelecto, você experimenta a consciência sem limites, vai em direção de uma maior alegria, charme e beleza.
David Servan-Schreiber - Como isso modificou seu modo de viver?
David Lynch - Existia em mim muita raiva, resmungava demais, sofria de ansiedade e descontava tudo isso em minha esposa. Duas semanas após o início da prática de meditação, minha esposa perguntou: “Para onde foi sua raiva?”. Essa raiva tinha simplesmente desaparecido. Meditar alimenta também os relacionamentos com os outros, ensina o perdão e a empatia. As pessoas parecem mais belas, mais simpáticas. Até as que ainda não conhecemos, quando em contato com elas, temos a impressão que já as conhecemos! É como se estivéssemos todos interligados.
David Servan-Schreiber - Você acha que essa meditação pode ser usada por seitas?
David Lynch - Essa meditação é um presente, uma vez dada, ela lhe pertence. Não se trata de uma seita, culto nem religião. É apenas uma técnica que você utiliza ou não: se você escolher usufruir dela, enriquecerá sua vida.
Outro trecho que ele fala a mesma
“Existia em mim muita raiva, resmungava demais, sofria de ansiedade e descontava tudo isso em minha esposa. Duas semanas após o início da prática de meditação, minha esposa perguntou: ‘Para onde foi sua raiva?’. Essa raiva tinha simplesmente desaparecido. E eu não tinha percebido! Meditar alimenta também os relacionamentos com os outros, ensina o perdão e a empatia. As pessoas parecem mais belas, mais simpáticas. Até as que ainda não conhecemos, quando em contato com elas, temos a impressão que já as conhecemos. É como se estivéssemos todos interligados.”
David Lynch - Dos anos 1960. Na época, eu pensava que a meditação era uma moda estúpida e uma perda de tempo. Meu único interesse era na realização de filmes. Porém, ouvi uma frase que chamou minha atenção: “a verdadeira felicidade não está longe, nem fora da gente. A verdadeira felicidade está dentro”. Essa frase ecoava em mim, soava-me justo. Mas, infelizmente, ninguém podia dizer-me onde ficava esse “dentro”, nem como chegar lá! Sentia-me frustrado. Enquanto estava trabalhando no meu primeiro filme Labyrinth Man, recebi um telefonema da minha irmã que falava que havia começado a prática da meditação transcendental. Percebi em sua voz mais felicidade, mais confiança. Isso me tocou. Estávamos em 1973 e desde essa data, há 37 anos, medito duas vezes por dia.
David Servan-Schreiber - Como é essa forma particular de meditação?
David Lynch - Trata-se de uma variação antiga da meditação que foi atualizada por **Maharishi Mahesh Yogi. Parece como uma chave que abre a porta da transcendência, o nível mais profundo da vida. Cada um pode experimentar esse estado e sentir dentro de si um oceano de alegria pura, de consciência, de inteligência e de criatividade infinita.
David Servan-Schreiber - Como se atinge esse estado de plenitude?
David Lynch - É bem simples e sem esforço. Um mantra como um som, uma vibração, um pensamento, ajuda-lhe a direcionar sua consciência interior, a mergulhar naturalmente através de níveis do espírito cada vez mais sutis. Chegando à fronteira com o intelecto, você experimenta a consciência sem limites, vai em direção de uma maior alegria, charme e beleza.
David Servan-Schreiber - Como isso modificou seu modo de viver?
David Lynch - Existia em mim muita raiva, resmungava demais, sofria de ansiedade e descontava tudo isso em minha esposa. Duas semanas após o início da prática de meditação, minha esposa perguntou: “Para onde foi sua raiva?”. Essa raiva tinha simplesmente desaparecido. Meditar alimenta também os relacionamentos com os outros, ensina o perdão e a empatia. As pessoas parecem mais belas, mais simpáticas. Até as que ainda não conhecemos, quando em contato com elas, temos a impressão que já as conhecemos! É como se estivéssemos todos interligados.
David Servan-Schreiber - Você acha que essa meditação pode ser usada por seitas?
David Lynch - Essa meditação é um presente, uma vez dada, ela lhe pertence. Não se trata de uma seita, culto nem religião. É apenas uma técnica que você utiliza ou não: se você escolher usufruir dela, enriquecerá sua vida.
Outro trecho que ele fala a mesma
“Existia em mim muita raiva, resmungava demais, sofria de ansiedade e descontava tudo isso em minha esposa. Duas semanas após o início da prática de meditação, minha esposa perguntou: ‘Para onde foi sua raiva?’. Essa raiva tinha simplesmente desaparecido. E eu não tinha percebido! Meditar alimenta também os relacionamentos com os outros, ensina o perdão e a empatia. As pessoas parecem mais belas, mais simpáticas. Até as que ainda não conhecemos, quando em contato com elas, temos a impressão que já as conhecemos. É como se estivéssemos todos interligados.”
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