quarta-feira, 9 de maio de 2012
CULPA
Ao vermos uma criança chorando, sentindo-se culpada por algo que fez e pelo qual foi repreendida, supomos estar frente a um verdadeiro arrependimento e imaginamos assim que o comportamento criticado dificilmente acontecerá novamente. Ledo engano. Pode até acontecer um retraimento na criança daquele tipo de ação que foi repreendido. Mas, se o foco da reprimenda foi a produção de culpa e não a compreensão do erro cometido – este é o padrão mais comum em nossa cultura – a criança em questão não saberá verdadeiramente em qual aspecto suas atitudes estavam inadequadas, e, quando atenuado o temor diante da reprimenda original, muito provavelmente voltará às suas atitudes anteriores.
A culpa não se presta para a promoção da mudança. Mudamos se compreendemos o fundamento do nosso erro. A culpa não nos aproxima desta compreensão, pelo contrário, nos afasta dela. A pessoa que se sente culpada, ao sofrer diante do acontecido expia com seu suposto arrependimento seus incômodos sentimentos. E assim se afasta da compreensão de seu erro.
Mesmo porque diante da culpa não se erra, peca-se. E não se erra diante do outro, peca-se contra Deus.
Se compreendêssemos os fundamentos de nossos erros poderíamos voltar atrás e escolher outro caminho. Se não estamos mais na direção equivocada estamos desobrigados por que mudamos, não respondemos mais pelo que caducou.
A culpa só presta para incutir temor e assim possibilitar que a manipulação possa ocorrer mais facilmente.
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Um comentário:
é meu irmão, precisamos entender os fundamentos dos nossos erros. Só então sairemos da paralisia da culpa e verdadeiramente escolheremos novos caminhos. Por que então nos conheceremos melhor e poderemos realmente responder por nossas escolhas. Um grande abraço e toda minha admiração e amor, de sua irmã Gabi
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