O
amor não acaba. Ao passar onde se iniciou, nos momentos de vazio que a
distancia impõe, nos sonhos invadidos por lembranças (in)desejadas, quando se
consegue parar um pouco o desespero, o amor não acaba.
O
amor não acaba quando diante de um pouco de paz. Quando na calma sem pressa,
diante da espera, nem que seja só um pouco, o amor não acaba. Quando se vê
adiante novos dias, novas vidas, novos tempos, ele não acaba.
O amor
não acaba a cada nascimento de uma criança.
O amor
não acaba quando se sente o toque, quando se olha com suavidade.
O
amor não acaba se não se almeja perfeito, nem completo, nem sem mácula.
O
amor não acaba se é mesmo amor. A paixão acaba. E volta. E acaba. E volta. A
obsessão quando acaba é um alívio. O amor acaba se confundido a paixão ou a
obsessão. Pois essas sim acabam. Mas não o amor.
O amor
não acaba quando se olha para o filho. Mesmo que se o tenha expulsado de casa. Diante
dos amigos, diante dos amores, ou mesmo distante, mas presentes à lembrança, aí
está o amor, que não acaba.
Nem
mesmo com a morte o amor acaba. Ele permanece, preenche a lembrança distanciando
o desespero.
2 comentários:
Não acaba mesmo.
Ele muda, transfigura.
Amadurece.
Fica mais forte, mais amplo,
mais abran-gente.
Mas não acaba, se é mesmo amor...
Ricardo Fenati "Mais adiante, é São Paulo quem diz, tudo terá passado, por não ser mais necessário, e só permanecerá o amor."
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