Este é um trecho da
resposta de Shaw a uma carta de um jovem crítico de teatro que recorria a ele
buscando dicas sobre o que escrevia.
“Você não levou nem
um pouco em conta minha recomendação de que deveria escrever um livro. Diz que
ainda tem pouca competência pra tanto. É exatamente por isso que recomendei que
você aprenda. Se lhe mandasse aprender a patinar você não me responderia
dizendo que ainda não tem suficiente equilíbrio. Uma pessoa aprende a patinar
levando trambolhões e fazendo papel de bobo. Na verdade, progride-se em todas
as coisas fazendo-se resolutamente o papel de bobo. Você nunca escreverá um bom
livro sem antes ter escrito alguns ruins. Se lhe enviassem meu artigo escocês
você veria que comecei escrevendo críticas abominavelmente ruins (...)Você
tem que passar por isso também; e nunca
é cedo demais para começar. Escreva mil palavras por dia pelos próximos cinco
anos pelo menos nove meses por ano.
E este é um trecho
da resposta de Shaw a uma carta de amor que ele recebeu.
“Não: você não me ama nem um pouquinho. Tudo isso é
natureza, instinto, sexo: não prova nada mais que isso. Não se apaixone: seja
você, própria, nem de mim nem de ninguém. A partir do momento em que não puder
ficar sem mim você estará perdida, como Bertha. Nunca tema: se nos queremos de
verdade, acabaremos descobrindo. Só sei que você tornou o outono muito feliz e
que sempre vou gostar de você por isso. Com o futuro não me preocupo: façamos o
que está em nossas mãos & aguardemos os acontecimentos”.
Alguns poderiam
supor que ele estava enrolando a remetente. Fato é que ele se casou com esta
pessoa.
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