Segundo
Sartre, a má fé seria simular que é necessário aquilo que é voluntário. Seria dessa forma uma fuga da liberdade. Assim, dizer que não se tem alternativas é a desculpa da
má fé. É a escolha que eu uso quando quero dar a impressão de que não tive
escolha. O fato de existir a má fé acaba por evidenciar a existência da liberdade, o homem só pode agir de má fé justamente porque é livre mas, com dificuldades de encarar as opções, as escolhas, reluta em enfrentar a sua liberdade. Nesse contexto a preguiça seria um tipo de má fé. E a antítese da má
fé seria a boa fé.
Ainda
segundo Sartre a hipocrisia seria a homenagem que o vício faz à virtude. Nesse
contexto finge-se seguir um valor para não confrontá-lo com outros. Tenta-se adiar
o problema mas acaba-se criando novas incompatibilidades. Na hipocrisia faz-se
parecer que se adotou uma regra de conduta comum aos outros para se evitar de justificar a conduta
que de fato escolheu. É a antítese da lealdade.
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