quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Emily Dickinson

(tradução de Ângela Lago, Um Livro de Horas, ed. Scipione.)



Para a hora da dor

Água, é sede que ensina.
Terra, a travessia do mar.
Êxtase, a agonia.
Paz, o guerrear.
Amor, o retrato eterno.
Pássaros, o inverno.

Para a hora da alegria

Alegria é um vento
Que nos levanta do piso
E nos deixa em outra parte,
Um lugar em desaviso.

Nos traz de volta, voltamos,
Sóbrios, depois de um tempo.
Novatos para uma tarde
Na terra do encantamento.




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